terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FELIZES FESTAS!

BEIJE ALGUÉM, NESTE NATAL.
NÃO SEJA APENAS UMA AMIGO VIRTUAL
FELIZES FESTAS

O ano de 2011 está se despedindo. Ano corrido e produtivo, mas... Sei que deixei o blog um pouco de lado. Queria ser a Mulher Maravilha para poder dar atenção a tudo e a todos que me acompanham, me ajudam, me incentivam. Como você, que visita o blog, deixa comentários e envia material. Não posso dizer que garanto, mas que vou me esforçar para retornar, em 2012, com o blog mais dinâmico e cheio de novidades.


Deixei, acima, a minha mensagem de natal. Na foto, meus netos João Guilherme e Joana. Começar um novo ano vendo crianças, com certeza vai renovar você também.
Um beijo enorme. Valeu sua companhia.
Até breve!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ditados Populares na Era Digital

Olá!
Continuando nossas lições de atualização verbal, seguem algumas muito interessantes e que, sem dúvida, devem ser seguidas pelas pessoas acima dos cinquenta anos.
Como bem mostra a foto, as vovós trocaram seus tricôs manuais pelos virtuais.
Bom divertimento!
01. A pressa é inimiga da conexão.
02. Amigos, amigos, senhas à parte.
03. A arquivo dado não se olha o formato.
04. Diga-me que chat frequentas e te direi quem és.
05. Para bom provedor uma senha basta.
06. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.
07. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.
08. Hacker que ladra, não morde.
09. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.
10. Mouse sujo se limpa em casa.
11. Melhor prevenir do que formatar.
12. Quando um não quer, dois não teclam.
13. Quem clica seus males multiplica.
14. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.
15. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.
16. Quem não tem banda larga, caça com modem.
17. Quem semeia e-mails, colhe spam's.
18. Vão-se os arquivos, ficam os back-up's.
19. Diga-me que computador tens e direi quem és.
20. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é impressão minha?
21. Aluno de informática não cola, faz back-up.
22. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia... E depois se cola,

que foi o que eu fiz com este arquivo, que recebi de uma amiga.
Beijos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vídeo do SESI de Marília/SP

Hoje, faço duas postagens, pois também quero compartilhar com você um vídeo, que recebi do pessoal do SESI da cidade e Marília/SP.
No final o mês de Outubro, fiz uma série de palestras para alunos do EJA - Educação de Jovens e Adultos, dentro do projeto Literatura Viva patrocinada pelo SESI/SP. Uma delas foi na cidade de Marília.
Fiquei muito feliz e comovida quando recebi o vídeo, homenagem simples e tocante.
Segue o link, caso você queira conhecer mais de perto o trabalho realizado com os adultos, no SESI daquela cidade. É de tirar o chapéu!
http://www.youtube.com/watch?v=2ACu_lC_LI8

Até a próxima postagem.

Origem da expressão mineira UAI.

Como adoro essas descobertas, aqui está uma outra, que recebi da minha prima. A gente acostuma a falar certas palavras sem nem mesmo saber de onde surgiram. É ou não é?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RECICLAGEM DE VOCABULÁRIO

Olá!


Já que me considero sua amiga, vou dar um depoimento pessoal. A medida que os anos passam, parece que é só o meu corpo que vai envelhecendo. A cabeça continua a mesma; cheia de ideias e pique. Vai daí que, quando me olho no espelho ou vejo foto recente, levo um baita susto. Mas essa aí sou eu???! E como conter a idade é impossível, me cuido e procuro me reciclar.


Outro dia, recebi da minha filha Letícia um e-mail com uma receita de reciclagem de vocabulário. Achei tão interessante que divido com você. Mas também abra os olhos para sua saúde. Os anos passam e a reciclagem tem que ser total: física, mental, dentária e tudo o que puder tornar sua vida cada dia mais feliz.


Divirta-se!



VOCABULÁRIO DOS ANOS 70/80, PARA 2011:

ANTES ERA
/AGORA É
Creme Rinse /Condicionador
Obrigado/ Valeu
Collant /Body
Rouge /Blush
Ancião e Coroa/ Véi
Bailinho e Discoteca /Balada
Japona /Jaqueta
Nos bastidores/ Making Off
Cafona /Brega
Programa de entrevistas/ Talk Show
Reclame /Propaganda
Calça cocota /Calça Cintura Baixa
Flertar/ Paquerar
Oi, olá, como vai?/ E ?
Cópia, imitação/ Genérico
Curtir, zoar/ Causar
Mamãe, posso ir? /Véiaaa, fui!!!
Legal, bacana /Manero, irado
Mulher de vida fácil /Garota de Programa
Pasta de dente /Creme Dental
Cansaço /Estresse
Desculpe /Foi mau
Oi, tudo bem? /E , belê?
Ficou chateada /Ficou bolada?
Médico de senhoras/ Ginéco
Superlegal/ Irado
Primário e Ginásio /Ensino Fundamental
Preste atenção! /Se liga!
Por favor/ Quebra essa
Recreio/ Intervalo
Radinho de pilhas/ Ipod
Manequim /Modelo
Retrato /Foto
Jardineira /Macacão
Mentira/ Cascata, Caô
Saquei / ligado
Entendeu? /Copiou?
Gafe /Mico
Fofoca, ti-ti-ti /Babado
Ha ha ha /Hauhauhau
Fotocópia /Xerox
Brilho labial/ Gloss
Bola ao cesto/ Basquete
Folhinha /Calendário
Empregada doméstica /Secretária
Faxineira /Diarista
Madureza/ Supletivo
Vidro fumê/ Insufilm
Posso te ligar? /Posso te add?
Tingir uma roupa/ Customizar
Dar no pé, ir embora /Vazar
Embrulho/ Pacote
Lycra /Stretch
Tristeza /Deprê
Beque /Zagueiro
Rádio patrulha/ Viatura
Atlético /Sarado
Professor de ginástica/ Personal
Quadro negro/ Board
Babosa /Aloe Vera
Lepra /Hanseníase
Ave Maria! /Affff!
Caramba /Caraca
Namorando/Ficando
Laquê/ Spray
Derrame /AVC
Chapa dos pulmões/ Raio X
Sua bênção, papai /Qualé, véi?
Você tem certeza? /Ah! Fala sério!
Banha /Gordura localizada
Alisamento/ Chapinha
Buteco no fim do expediente /Happy Hour
Costureira/ Estilista
Professora/ Profe
Senhor/ Tiozinho
Amooooor! /Benhêêêê!
Inexplicável /Sinistro
Olha o barulho! /Ó o auê ai ô!
E ai mano, atualizô?
Agora vaza geral aí, pra galera atualizá também, tá ligado?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Foto e bilhetinhos dos alunos da Edvino Bervian

Oi,

Demorei, mas voltei. Há um mês não falo com você, mas é que, no último mês, viajei muito a trabalho. Você está pensando que eu podia ter postado alguma coisa, mesmo viajando. Concordo. Mas acontece que o meu netbook deu de falecer bem no meio das viagens e, só agora, que me aquietei em casa, pude mandá-lo para o conserto.

Na primeira semana de Outubro, estive na Feira de Livros de Morro Reuter, e conversei com alunos de várias escolas. Mas uma me chamou mais atenção: a Escola Professor Edvino Bervian; com seus alunos discretos e comportados, mas participantes e animados com a leitura.

Recebi deles, representados por sua professora Daniele Dreyer, um e-mail contendo a foto acima e os bilhetinhos abaixo, super lindos, que divido com você.




  • Adoramos teus livros! Muitos beijinhos sabor leitura! Queremos te ver na Feira do Livro ano que vem também. Luisa e Eduarda.


  • Gostamos muito de te conhecer e adoramos os teus livros! Beijinhos do Lucas C. e do Guilherme.


  • Adoramos os livros da Eliana Martins!!! Gustavo e João Vítor.


  • Beijos do Lucas S. e do Arthur! Amamos você!


  • Adoramos o livro Cara de Bolacha! Um abraço do Alexsander e do Júlio.


  • Eliana achamos os seus livros muito legais! Também gostamos muito de te conhecer! Beijinhos da Ellen e da Regina.


  • Eliana Martins,
    Esperamos que goste da nossa foto.
    Nós adoramos!!!
    Com carinho, Crianças do 2º ano, apaixonadas por histórias e profe Daniele.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ACREDITE, SE QUISER!

Oi, tudo bem?
De vez em quando, dou uma limpada nos arquivos do meu computador, pois tenho uma mania incrível de guardar tudo quanto é coisa. Em um desses rapas, encontrei um arquivo super interessante, que pretendo postar, pouco a pouco, aqui. Chamei-o de ACREDITE, SE QUISER! Espero que goste.

1) Existe uma rua, no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, chamada PEDRO IVO. Um grupo de estudantes, curioso por saber quem tinha sido o tal de Pedro Ivo, descobriu que, na verdade, a rua homenageava Dom Pedro I que, quando aclamado rei de Portugal, recebeu o nome de Pedro IV (quarto). Algum funcionário da prefeitura do Rio, acreditando que o nome da placa havia sido grafado errado, colocou um "O", no final do nome; transformando em PEDRO IVO. E o erro permanece até hoje. Acredite, se quiser.

2) A parte do México conhecida como Yucatán vem da época da conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como se chamava aquele lugar. Como o índio respondesse Yucatán, o explorador achou que aquele era o nome. Mas, na verdade, o índio também não sabia o nome. Estava apenas dizendo " não sou daqui". Acredite, se quiser!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Colégio DANTE ALIGHIERI-SP - 100 ANOS















Ando bem atrasada com as notícias e novidades do blog. Mas essas viagens, daqui e dali, que a vida de escritora requer, deixam a gente meio baratinada. Apesar disso, são super produtivas e agradáveis. É nas viagens que encontramos amigos queridos: professores, orientadores, coordenadores e, mais do que tudo, os alunos.

No dia 14 último, estive, ao lado do meu amigo e parceiro Manuel Filho, na feira de livros do Colégio Dante Alighieri. Bárbaro estar lá, como sempre! Este ano, ainda mais, o colégio comemora 100 anos.

Para comemorar a data foi montada uma galeria de fotos de antigos alunos, uma vitrine com documentos da fundação da escola e até um tijolo, resquício da construção do Dante está lá. Carteiras escolares antigas, de madeira, com buraco para colocar o tinteiro trouxeram de volta o passado da escola, por onde passaram paulistas ilustres.

O Manuel e eu, ficamos felizes em ter podido fazer parte dessa festa do Dante Alighieri.

Nas fotos, você pode ver nós dois bem como a Maria Cleire, coordenadora de literatura e a Marilda, bibliotecária do Dante.

Obrigada, meninas, pela adoção do nosso UM E-MAIL EM VERMELHO e a oportunidade de nos juntarmos aos 100 anos da escola.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Fotos do Solar Meninos de Luz








































Prometido e cumprido. Aí estão as fotos que recebi do pessoal do Solar Meninos de Luz; onde estive, no último dia 30/8.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Solar Meninos de Luz

Olá!

A postagem de hoje é para contar, para os que não sabem, da existência do Solar Meninos de Luz e agradecer a eles todos, que me receberam ontem de maneira tão acolhedora.

O Solar fica em Copacabana, no Rio de Janeiro. É uma instituição maravilhosa, acolhedora, aconchegante e repleta de alunos e frequentadores interessados em ouvir, ver e, mais do que tudo, sonhar com uma vida mais fácil e promissora.

Cheguei até ao Solar Meninos de Luz através do Solar Literário, programa que AEI-LIJ Solidária criou. Foi uma tarde maravilhosa e, como disse aos adolescentes que me ouviam, muito mais proveitosa e agradável para mim do que para eles. Eles eram muitos a ouvir uma só pessoa e eu uma só para ouvir a tantas.

Muitas fotos foram tiradas, enquanto nós ouvíamos, uns aos outros, e trocávamos experiências. Mas não quis esperar por elas para escrever esta postagem. Quando receber as fotos, posto-as aqui.

Deixo uma dica para quem mora no Rio e para quem for e quiser conhecer um lugar não turístico, mas cheio de bons fluidos: façam uma visita ao Solar Meninos de Luz!

Mas se preferirem conhecê-lo hoje mesmo, lá vai o link:
www.meninosdeluz.org.br
Beijos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

De onde surgiu o PIC-PIC de aniversário?

Olá!
Acabo de receber de um primo meu, formado nas Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo, uma história que eu desconhecia: de onde surgiu o PIC-PIC, tão tradicional das festas de aniversário. Vale a pena ler. Divirta-se!

TENDÊNCIAS/DEBATES
Histórias e Tradições das Arcadas
Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi - professor titular de direito romano da Faculdade de Direito da USP.

Pic-Pic era o apelido de um dos líderes das "estudantadas" de sua época, década de 1920, Ubirajara Martins de Souza. Bacharelou-se em 1927. Era figura conhecida entre os colegas. Portava barba imponente, acompanhada de bigodinho de pontas aguçadas. Vaidoso, aparava constantemente tais bigodes, servindo-se de uma tesourinha cujo peculiar som de corte sempre ecoava: pic,pic,pic,pic. Não tardou para que tal característica lhe rendesse o apelido de Pic-Pic. Quando ele aparecia, seus colegas o saudavam entusiasticamente: é o Pic, é o Pic, é o Pic,Pic,Pic.
Já naquela época, era costume entre os estudantes dirigir-se ao seu principal bar de encontro; o Ponto Chic, que segue funcionando no Largo Paissandu. Ali consumiam rapidamente as cervejas geladas disponíveis. Era preciso aguardar algum tempo até que novas garrafas fossem refrigeradas, o que durava em média meia hora. Os estudantes, acompanhando atenciosamente o avanço do relógio, alvoroçavam-se diante da ´proximidade do grande momento, e punham-se em coro a cantar: meia hora, meia hora, é hora, é hora, é hora.
Por fim, ainda naquele período, recebeu a faculdade uma insólita visita; um rajá indiano de nome Timbum, proveniente da região de Kapurtala. O acontecimento inusitado aliado à sonoridade do nome, deu chance aos alunos de incorporar, ao final dos seus cantos, novo grito de guerra: Ra-Ja-Tim-Bum.
Geração após geração, foram sendo passados esses cantos e gritos de guerra, sobrepostos uns aos outros, entre os estudantes do largo: É Pic. É Pic. É Pic, é Pic, é Pic! Meia hora, meia hora, é hora, é hora, é hora! Ra-Ja-Tim-Bum!
Naquela época, os estudantes do largo eram figuras bem conhecidas na sociedade paulistana. Por isso, a s importantes famílias da cidade, principalmente quando das festas de aniversário de suas filhas casadouras, honravam-se em recebê-los. Aos poucos, o canto do Pic-Pic foi se difundindo pelas festas de aniversário, em São Paulo, mesmo sem os estudantes, e depois estendeu-se para todo o país.

Histórias da São Francisco,
Que eu canto com emoção,
Em cada canto do largo,
Eu largo meu coração.
Paulo Bomfim
(poeta e bacharel em direito pelo Largo de São Francisco)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Feira do Livro de Taquara - RS




























Mais uma feira muito legal, em uma cidade pra lá de legal, no interior do Rio Grande do Sul, que tive o prazer de participar. Fomos para Taquara, minha amiga e colega Sandra Pina e eu, a convite da editora Artes e Ofícios, de Porto Alegre. meu livro Aconteceu com Aline e Lucas foi trabalhado pelos alunos de uma forma dedicada e bem orientada pelos professores. Adorei a viagem, a receptividade, a cidade e principalmente os alunos, leitores, sem os quais meu trabalho de escritora não teria sentido.

VALEU TURMA! Até a próxima.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

BARRACOTECA

Olá!


Há algum tempo atrás, abri, aqui no blog, uma sessão chamada Gente que Faz; para reverenciar pessoas que, cada um a seu tempo e a sua maneira, fizeram coisas que beneficiaram outra tantas.


Hoje, no entanto e devido aos percalços que teve que enfrentar para conseguir seu intento, faço uma homenagem a ele, fora da sessão. Quero que o destaque seja só dele, sem comparações. Leia a matéria do Publish News e veja você se não tenho razão:


Livreiro do Alemão cria Barracoteca na Favela
Folha de São Paulo - 31/07/2011 - por Emilio Sant´Anna.



Enquanto traficantes do Comando Vermelho, em fuga, trocavam tiros com a polícia e soldados do Exército, durante a ocupação dos complexos da Penha e do Alemão,em Novembro de 2010, Otávio Júnior, 27, escrevia. Sem poder sair de casa, finalizava O Livreiro do Alemão - seu ingresso no mundo dos escritores - e preparava-se para instalar a primeira biblioteca do conjunto de 13 favelas , na zona norte do Rio; com quase 400 mil pessoas.


"Quando os confrontos eram muito acirrados, eu produzia muito. Escrevia, enquanto as balas "comiam" para cima e para baixo. Biblioteca? Na verdade, trata-se da Barracoteca Hans Christian Andersen" _ corrige Otávio.


Um antigo salão de forró , no Morro do Caracol Complexo da penha, funciona desde maio e será inaugurado oficialmente em 22 de Agosto, dia do folclore. Parte dos livros é doação do Ministério da Cultura.o resto foi amealhado por Otávio durante os 10 anos em que andou por todo o complexo da Penha e do Alemão, com uma mala na mão, oferecendo livros emprestados aos moradores.


Salve OTÁVIO JÚNIOR! Você é Gente que Faz.

domingo, 31 de julho de 2011

De onde vêm os DITADOS POPULARES ?

Depois de longo e tenebroso inverno, cá estou com mais alguns ditados populares. Espero que você goste.


Beijos.



ENFIOU O PÉ NA JACA: o correto é "Enfiou o pé no jacá". Antigamente, os tropeiros paravam nas vendinhas, a meio caminho, para tomar uma pinga. Quando bebiam demais, era comum colocarem o pé direito no estribo e, quando jogavam a perna esquerda para montar no burro, erravam e pisavam no jacá ( cesto em que as mercadorias eram carregadas); levando um grande tombo. Por isso, quando alguém bebia demais, dizia-se que ele enfiaria o pé no jacá. A jaca, fruta, não tem nada a ver com isso.


QUEM TEM BOCA VAI A ROMA: pois é; eu também fiquei surpresa quando soube que a frase correta não tem nada a ver com a que conhecemos; nem com o fato de usarmos nossa capacidade de comunicação para ir a qualquer parte. A frase correta é, sim, uma crítica social à cidade de Roma: "Quem tem boca, vaia Roma".


CASA DA MÃE JOANA: Na época do Brasil Império, durante a minoridade de Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar em um prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no Brasil, a frase Casa da Mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.



CONTO DO VIGÁRIO:Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas.A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa.E o burrico caminhou direto para uma delas... Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.


A VER NAVIOS: Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria. Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.

ANDA À TOA: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.
O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER: Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.
RASGAR SEDA:A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".
GUARDAR A SETE CHAVES:No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino.Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:Existe uma história não comprovada de que, após trair Jesus,Judas enforcou-se em uma árvore, descalço. Havia posto o dinheiro que ganhou por trair Jesus, em suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas,saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca se soube se acharam as botas de Judas. A partir daí, surgiu a expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA: A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas; onde os bezerros eram sacrificados para Deus, como forma de redenção de pecados. Um filho do Rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que fora sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses, o garoto morreu.

JURAR DE PÉS JUNTOS:
- Mãe, juro de pés juntos que não fui eu.
A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.
MOTORISTA BARBEIRO:
- Nossa, que cara mais barbeiro!
No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:

- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!

No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA: A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.
PS: Se você quiser colaborar com essa página do blog, envie curiosidades sobre ditados populares para o e-mail: elianahmartins@uol.com.br, que eu posto e ponho o seu nome, ok? Vai ser muito legal!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

MULHERZINHAS recém chegadas

O clássico Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, é um convite ao cotidiano da vida familiar nos Estados Unidos do século XIX. Ambientado em plena Guerra da Secessão (1861-1865), narra com delicadeza as desventuras de quatro geniosas irmãs que esperam pela volta do pai, enquanto se esforçam para cumprir uma dura rotina.

Olá!

Apesar de o livro Mulherzinhas já constar da lista de livros publicados, a Escala Educacional só o colocou efetivamente na praça agora. E é feliz da vida que mostro para você a capa dele e uma pequena sinopse.

Essa foi a primeira adaptação de clássicos que fiz para a Escala. Adaptar a obra de Louisa May Alcott foi uma responsabilidade enorme. Fazer parte da coleção Recontar Juvenil, ao lado de escritores incríveis da literatura brasileira, foi um presente para mim.

Espero que você goste.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Feira do Livro de Jaraguá do Sul

Olá!

Apareço, mais uma vez, por aqui para mandar um abraço enorme para a cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, agradecendo a forma com que me recebeu, na Feira do Livro. Uma cidade aconchegante, um povo carinhoso e alunos interessados na leitura. A feira, em praça pública, característica das feiras de livros do sul, cheia de novidades e atrações, recebeu, diariamente, um volume enorme de crianças e adultos. Ângela Lago, Márcia Tiburi e eu tivemos uma acolhida maravilhosa, desde o coordenador da feira: Carlos Henrique Schroeder, até os alunos que, cheios de interesse, participaram de nossas palestras.

Segue, abaixo, uma das entrevistas que dei. Essa para o jornal Diário do Vale.


terça-feira, 28 de junho de 2011

O VENDEDOR DE PALAVRAS

Remexendo meus arquivos antigos, encontrei um texto muito interessante, cujo autor, Fábio Reynol, de um jeito bem humorado, faz uma crítica à falta de vocabulário do povo brasileiro. Divido com você o texto. Garanto que vai gostar!

Ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grande falta de palavras. Em um programa de TV, viu uma escritora lamentando que não se lia livros nesta terra,por isso as palavras estavam em falta, na praça.O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande: Indigência Lexical.


Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma boa idéia. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado para cavar espaço entre os camelôs. Entre uma banca de relógios e outra de lingerie,instalou a sua:uma mesa, o dicionário e a cartolina, na qual se lia:


HISTRIÔNICO - apenas 0,50 centavos.


Demorou mais de quatro horas para que o primeiro de uma série de cinquenta curiosos parasse e perguntasse:


_O que o senhor está vendendo?


_Palavras, meu senhor. A promoção do dia é histriônico, a cinquenta centavos, como diz a placa.


_ O senhor não pode vender palavras.Elas não são suas. Palavras são de todos.


_ O senhor sabe o significado de histriônico?


_ Não.


_ Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já têm ou de que elas não precisem.


_ Mas eu posso pegar essa palavra, de graça, no dicionário.


_ O senhor tem dicionário em casa?


_ Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca e consultar um.


_ O senhor estava indo à biblioteca?


_ Não. Na verdade, estou a caminho do supermercado.


_ Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar feijão e alface; pode muito bem levar para casa uma palavra, por apenas cinquenta centavos de real.


_ Eu não vou usar essa palavra.Vou pagar pra depois esquecê-la.


_ Se o senhor não comer a alface, ela acaba apodrecendo, na geladeira, e terá que jogá-la fora. E o feijão caruncha.


_ O que pretende com isso? Vai ficar rico vendendo palavras?


_ O senhor conhece a Nélida Pinõn?


_ Não.


_ É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o País sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.


_ E por que o senhor não vende livros?


_ Justamente por isso. As pessoas não compram palavras no atacado; por isso as vendo no varejo.


_ E o que as pessoas fazem com as palavras? Palavras são palavras; não enchem barriga.


_ A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento.Se temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia, trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos pensamentos cem por cento brasileiros.Isso sem contar os que furtam o meu produto.São como trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega, aqui ao lado. Olhe aquela senhora, com o carrinho de feira, dobrando a esquina.Com aquela carinha de dona-de-casa, ela nunca me enganou.Passou por aqui, sorrateira, olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto, se mordendo de curiosidade. Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em casa.Assim que chegar lá, vai abrí-lo e me roubar a carga. Suponho que para cada pessoa que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a roubarão.Então eu provocarei mil pensamentos novos, em uma ano de trabalho.


_ O senhor não acha muita pretensão? Pegar um...


_Jactância.


_ ...Pegar um livro velho...


_ Alfarrábio.


_ O senhor me interrompe!


_ Profaço.


_ Está me enrolando, não é?


_ Tergiversando.


_ Quanta lenga-lenga!


_ Ambages.


_ Ambages????


_ Pode ser também evasivas.


_ Eu sou mesmo um banana, pra dar trela pra gente como você!


_ Pusilânime.


_ O senhor é engraçadinho, não?


_ Finalmente chegamos: histriônico.


_ Adeus!


_ Hei! Vai embora sem pagar?


_ Tome seus cinquenta centavos!


_ São três reais e cinquenta.


_ Como é?


_ Pelas minhas contas, são 8 palavras novas que eu acabei de entregar para o senhor.Só histriônico estava na promoção. Mas como o senhor se mostrou interessado,faço todas pelo mesmo preço.


_ Mas oito palavras seriam 4 reias, certo?


_ É que quem leva Ambages, leva uma Evasiva, entende?


_ Tem troco pra cinco?


Fala a verdade: é muito bom esse texto, não é?

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Peça Infantil O TRAVESSEIRO








Verificar ortografia



















O TRAVESSEIRO, de Kiko Marques, é uma peça infantil das mais sensíveis. Para você ter idéia, eu já havia assistido em São Paulo e assisti de novo, agora, quando ela chegou ao Rio de Janeiro. Levei meus netos e eles ficaram interessadíssimos em saber como o Celinho havia conseguido se transformar num travesseiro, e como o mágico Rudini o traria de volta.

Você também quer saber? Então vá assistir a peça, que fica em cartaz até dia 10 de julho, no Oi Futuro em Ipanema. Leve os filhos, sobrinhos, netos, vizinhos e quem mais quiser. Veja mais detalhes no folder acima.

BOM ESPETÁCULO!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Livrarias Aconchegantes

Ontem, dia 21, começou o inverno, no Brasil. Quer melhor época que o inverno para visitar a sua livraria predileta, escolher um bom livro; depois levá-lo para casa e, saboreando um chá quentinho, mergulhar em suas páginas de fantasia?

O link abaixo traz uma série incrível de livrarias lindas e aconchegantes, espalhadas pelo mundo. Eleja a sua!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Aconteceu com Aline e Lucas no Youtube

Olá!

Como você já viu, há dias só uso o blog para me promover. Mas preciso colocar aqui, hoje, um vídeo que recebi da professora Ana Rute Santos Paz, de Capão da Canoa, Rio Grande do Sul. Estive, em Abril último, na Feira de Livros de Capão da Canoa, falando sobre meu livro Aconteceu com Aline e Lucas, da Editora Artes e Ofícios. E não é que a Ana Rute e seus alunos fizeram um pequeno filme sobre o livro e colocaram no Youtube?! Ficou bárbaro!!! Tem fundo musical e tudo. Se você quiser dar uma espiada, garanto que vai gostar.

Entre no http://www.youtube.com e digite: Aconteceu com Aline e Lucas.wmv
Beijos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Visita ao EXTERNATO RIO BRANCO - S.P.

Outra escola que visitei, mas desta vez em São Paulo, foi o Externato Rio Branco. Quero também deixar o meu agradecimento à Nailda, bibliotecária da escola, à Lili, professora de português do 7° ano e a todos os demais, pela maneira gentil como me receberam. Para os alunos, que leram o meu livro Terror na Paulista, fica aquele mega beijo e o desejo de que possamos no rever em breve.

VIAGENS AO INTERIOR DO R.G.DO SUL
















Depois do lançamento de Meu amor é um anjo, paro para recordar e agradecer a todos os professores, coordenadores pedagógicos, diretores e alunos das escolas gaúchas, que durante uma semana visitei. São elas: Colégio Imaculada Conceição, da cidade de Dois Irmãos; Escola Estadual 10 de Setembro, também de Dois Irmãos; Colégio Sinodal da Paz, da cidade de Novo Hamburgo; Escola Estadual Yeté, da cidade de Tuparendi; Centro Educacional Concórdia, da cidade de Santa Rosa e Colégio Santa Rosa de Lima, também de Santa Rosa.

Como sempre digo aos alunos que me recebem, o melhor momento da vida de um escritor é quando ele se depara com seu livro nas mãos dos alunos.

As fotos acima mostram alguns momentos dessa viagem maravilhosa.

Um beijo enorme a todos vocês e espero voltar a vê-los, breve.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Lançamento MEU AMOR É UM ANJO

Agora é pra valer!

Dia 16 (quinta-feira), espero por você no lançamento da coletânea Meu Amor é um Anjo, da Editora Draco.

Meus parceiros no livro e eu estaremos aguardando com histórias emocionantes.

A propósito: a minha história chama-se: A HISTÓRIA DE ZELDA.
Até lá!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Breve, Breve...

O título da postagem refere-se ao lançamento da coletânea MEU AMOR É UM ANJO, da qual faço parte com o conto A HISTÓRIA DE ZELDA. Foi a primeira vez que participei de uma coletânea, e adorei. Organizada pelo Eric Novello e pela Janaína Chervezan, consta de nove histórias, de nove autores diferentes e idéias das mais variadas, mas girando em torno do mesmo tema: o amor por um anjo. O lançamento da Editora Draco está previsto para junho, no Rio de Janeiro, mas haverá outro em São Paulo. Breve, coloco aqui o convite.

Hoje, só apareci para deixar o link do blog Novelasteen, que fez uma resenha bacanérrima sobre o livro. Confira! http://blog.novelasteen.com/
Até!

terça-feira, 10 de maio de 2011

FESTA LITERÁRIA DE SANTA TERESA/RJ

Olá! Tudo bem?


Você tem algum programa para o próximo fim de semana? Não? Ótimo! Eu tenho um imperdível para propor: a Feira Literária de Santa Teresa. Só o lugar já vale o passeio; imagine com eventos literários!



As atividades serão bem variadas e para todas as idades. Minha associação; a AEI-LIJ, estará lá com várias atrações para o público infantil e juvenil.



Se você mora no Rio de Janeiro, não perca! Se não mora, aproveite para conhecê-lo e desfrutar, entre outras coisas, da FLIST.



A programação completa você pode encontrar clicando no link abaixo.

http://www.ceat.org.br/flist/2011programacaoSab.pdf

Um beijo e nos vemos por lá.





terça-feira, 3 de maio de 2011

A IMPORTÂNCIA DO TEXTO TEATRAL

Ola!

Dias atrás, conversando com uma amiga editora, soube que há escassez de textos teatrais para crianças e jovens, publicados em livros. Esse, a meu ver, é um problema cíclico: o autor não escreve texto de teatro porque o editor não quer publicá-lo, pois os professores não querem adotá-lo. Enfim, uma cadeia de nãos. Então o mercado literário infantil e juvenil fica sem bons textos dramatúrgicos e os programas de governo reclamam da falta de livros desse tipo inscritos.

Decidi, pois, publicar aqui, para quem interessar ler, um artigo do professor Carlos Augusto Nazareth que, em poucas palavras, resume a importância da leitura do texto teatral na escola. Veja só!


A importância da leitura do texto teatral na formação do leitor

Carlos Augusto Nazareth

O texto teatral não faz parte do universo do leitor brasileiro. Verificamos esta realidade muito mais acentuada quando o foco é o âmbito escolar. Normalmente o texto teatral é tomado como algo que apenas interessa às pessoas de teatro e que visa, unicamente, a montagem teatral. Esta questão tem suscitado uma profícua discussão sobre suas possibilidades enquanto meio de ampliação das habilidades de leitura.“Os professores que estão atuando em escolas públicas e particulares no Brasil, ao oferecerem gêneros textuais a seus alunos como o objetivo que possam construir o significado dos textos, num processo de recepção singular, se considerados os referenciais dos leitores e a busca do contexto e dar referências do autor, têm deixado de lado nesse processo o texto dramatúrgico, o texto teatral" (RÖSING, 2005). Os Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa recomendam a diversidade de textos, assinalando o texto teatral, tanto no ensino de primeira a quarta série como no ensino de quinta a oitava série e no ensino médio - como forma de ampliação das possibilidades de leitura do mundo. No entanto, a preferência pelo gênero narrativo é quase absoluta, com um pequeno espaço pra o texto lírico e uma total escassez de atividades e metodologias em torno do texto dramático. Embora previstos nos programas, é sabido que as escolas, nos diversos níveis de ensino não promovem o contato previsto entre aluno e texto teatral.“A criança aprende poesia e prosa, mas a dramaturgia nunca foi pensada e lhe é negada” ( BARCELOS, 1975). “A escola está negligenciando a formação de outra categoria de leitores aqueles capazes de interagir com a arte dramática, seja como público receptor de espetáculos teatrais, seja como aprendizes ou praticantes de atividades que envolvem o texto teatral e a arte dramática. Assim, no nosso entender, um único equívoco – a negação da leitura do texto dramático – apresenta duas consequências negativas: o afastamento do leitor do texto dramático impresso e da arte dramática, para a qual o texto é elemento fundamental.” ( GRAZIOLI, 2007). A partir do comentário de Grazioli podemos acrescentar que a leitura do texto dramático é uma forma sim de aproximar o leitor do teatro. O texto dramático é o único elemento permanente da representação teatral, já que o espetáculo teatral é efêmero – dura o tempo de uma apresentação e não se repete. O texto teatral, considerado uma obra de arte intermediária, que só se completa no palco, também se completa, no imaginário do leitor.
A estrutura do texto dramático

Uma das diferenças fundamentais entre o texto narrativo e o texto dramático é que o texto narrativo CONTA uma história enquanto o texto dramático MOSTRA uma história. Esta diferença se fortifica pela ausência do narrador no texto dramático. Evidentemente o texto narrativo é lacunoso, no sentido de permitir a interação entre leitor e texto, no entanto o texto dramático, pela sua estrutura e pela ausência do narrador é, certamente, mais lacunoso que o texto narrativo, permitindo ao leitor uma ação mais efetiva como co-autor do texto, que o leitor do texto narrativo. O texto dramático reproduz em discurso direto as falas dos personagens. Estas falas têm função dramática, pois criam uma ação dramática. Têm um objetivo, um fim determinado e através dos diálogos revelam os personagens, suas características, maneiras de agir e de ser. Além disso, outra diferença fundamental entre o texto narrativo e o texto dramático é a sua construção em dois níveis. Um, constituído pelas falas dos personagens e o outro pelas rubricas que nos dão informação sobre movimentação da cena redigida, do clima da cena, do estado do personagem e seu caráter. Portanto essas diferenças e peculiaridades têm que ser mostradas ao leitor, para que ele possa entender a história “vendo” a cena em seu imaginário, sem necessidade de um palco real. Um palco imaginário,com movimentação, cenário, figurinos vai se formando como um quadro, pois o texto fornece elementos que lhe possibilitam visualizar a história, “ver” a história, por isso dizemos que o texto dramático MOSTRA.O objetivo central é capacitar o leitor a interagir com o texto teatral em sua versão impressa e, consequentemente, com a atividade dramática que se projeta, a partir do texto. Assim transitamos, através do texto, pelas Artes Cênicas, pela literatura dramática e pela leitura – em seu sentido mais amplo. Cada gênero ativa de forma diferenciada a imaginação. O texto dramático ativa a capacidade de visualizar a cena da história, a forma como aconteceu; resgata a história e o sentimento da história, seja para o espectador, seja para os leitores.O método Waldorf de pedagogia fala desta questão, no seu processo de ensino-aprendizagem criado pelo filósofo Steiner.“A habilidade na leitura requer muito mais do que parece à primeira vista. As pessoas geralmente concebem a leitura como a habilidade em reconhecer a configuração de letras dispostas numa página e em pronunciar as palavras e frases nelas representadas. Mas a leitura é muito mais do que isso que nos acostumamos a ver! Além do processo superficial de decodificar palavras em uma página, há ainda a correspondente atividade interior a ser cultivada para que uma verdadeira leitura possa ocorrer. Os professores Waldorf chamam esta atividade de "vivenciando a história". (Rudolf Steiner)Quando uma criança está vivenciando uma história, ela forma cenas da sua imaginação no seu interior, em resposta às palavras. Através da habilidade de formar imagens mentais, de compreender, a criança descobre sentido na atividade de leitura.


Se você é autor e gosta de escrever dramaturgia, não deixe de fazer isso!

Se você é editor, não torça o nariz para bons textos de teatro; publique-os!

Se você é professor, inclua livros de teatro nas suas aulas!

Obrigada.