quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ler: obrigar ou respeitar?

Oi, tudo bem?

Voltei para falar da leitura para crianças e jovens.

Na ânsia de ver os filhos lendo, alguns pais estipulam horas de leitura, escolhem livros, obrigam os filhos a ler. será que isso é correto? Será que esses métodos levam as crianças a tomarem gosto pela leitura?

Uma lista extraída do blog Biblioteca Livre Pote de Mel, nos leva a refletir sobre isso.

Veja só!

10 atitudes que desestimulam o hábito da leitura nas crianças


1. Reforçar para as crianças o fato delas não gostarem de ler;

2. Obrigar a ler – não obrigue o gosto do outro, mostre o seu entusiasmo de leitor;

3. Mandar ler um livro que não agrada – cada idade tem um amadurecimento, um despertar, mesmo sem entrar no critério do gosto;

4. Exigir que o livro seja lido por inteiro – incentivar a mudar de leitura, se for o caso;

5. Deixar a criança só com o livro – ele pode ser para ela um objeto aparentemente hostil que exige um esforço excessivo;

6. Contar todos os detalhes do livro – deixar o livro falar por si só, preservar o mistério;

7. Transformar o livro em dever de casa – o que o vincularia a uma obrigação;

8. Transformar o livro num instrumento acadêmico – faz com que o livro perca o encantamento e o mistério, tornando-se uma mera ferramenta;

9. Obrigar a comentar o livro lido – tem que ser espontâneo e prazeroso;

10. Utilizar o livro como instrumento de coerção – usá-lo como castigo, ameaça por tarefas não cumpridas.

Permita que essa paixão surja naturalmente!


NOTA: Mais adiante, volto aqui para postar a segunda parte do bate-papo sobre esse assunto: Por que a leitura é importante, sobretudo para crianças?

Não perca!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Quem quer,CONSEGUE!



Olá!

Hoje, venho para falar de um livro maravilhoso, que foi escrito nos anos sessenta, mas, só agora, pesquisando para um livro que estou escrevendo, dei a devida atenção a ele:


QUARTO DE DESPEJO-diário de uma favelada, de CAROLINA MARIA DE JESUS.

Que livro pungente! Que autora inteligente!
Mulher pobre, que estudou só até o segundo ano primário, como se classificava na época, que não leu os clássicos; não tinha televisão, nem frequentava bibliotecas. O que sabia era o que a vida lhe mostrava, o que os livros e revistas que acahava no lixo lhe diziam.
Mesmo assim, e morando em um barraco de favela, sem luz nem água encanada, tendo três filhos para alimentar, a catadora de papel, CAROLINA, achou tempo e ânimo para escrever. Abriu para o mundo a sua alma, os seus anseios e sonhos. Mostrou a todos que quem luta e brada, um dia, chega lá.
Infelizmente, essa batalhadora mulher não vive mais; mas deixou nos seus livros, traduzidos para várias línguas, sua mensagem de esperança.
Leiam os livros dela, que são vários. Saibam mais sobre a vida dela.
Espelhem-se, quando forem desanimar!
Beijos da Eliana que, após ler esse livro, não é a mesma de antes.