sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Flanelinha Escreve Livro

Oi, tudo bem por aí?

Hoje, visitando o blog do Galeno Amorim, deparei-me com uma notícia incrível: uma aposentada de setenta e um anos, que pouco estudo tem, escreveu um livro de oitocentas páginas e sonha em publicá-lo.

A carreira de escritor é tão árdua, tão difícil de galgar, tão cheia de "nãos"! Mas também há os "sins" dos editores. E quando isso acontece, o nosso cansaço acaba, nosso desânimo acaba e é só alegria. 
É óbvio que escritor não vive só de livro publicado; vive do dinheiro das vendas. Precisa pagar contas, criar filhos, manter a casa como qualquer outro trabalhador. Mas quando a gente vê nosso livro publicado, nem lembramos de dinheiro, nem de contas, nem do tempo que batalhamos, de porta em porta, atrás de editoras. Tudo vira festa!
E para essa senhora, dona Zélia, só a esperança de uma possível publicação já é a festa, o lenitivo, a mola propulsora para ela ir adiante.
Siga em frente, dona Zélia! Que algum editor, breve, se interesse pelo seu livro.

Segue a entrevista extraída do blog do Galeno Amorim. Espero que você curta.
Beijos e até qualquer hora. 

Flanelinha escreve livro de 800 páginas e sonha com publicação

Emilio Botta - 08/09/2015
Um papel, uma caneta e a inspiração no vai e vem dos carros. É assim que Zélia Rodrigues Ferreira tenta realizar o sonho de se tornar uma “poetisa da rua”. Flanelinha, a aposentada de 71 anos cuida dos veículos no centro de Sorocaba (SP) e aproveita para buscar um sonho: ter o seu livro de ficção de mais de 800 páginas publicado e nas mãos de crianças de todo o Brasil.

"Deixem-me sonhar" é o título do livro de ficção escrito em casa pela poetisa que não concluiu os estudos. "Eu preciso me fazer feliz. Sempre gostei de literatura. Na minha época só tinha até a quinta série, fiz até a quarta. Era muito boa em português, a melhor aluna da sala. Ajudava até a professora, nasci com esse dom. Mesmo fora da escola, nunca perdi o interesse em ler", afirma Zélia.

Após ter os estudos interrompidos para ajudar a família, Zélia voltou à escola para fazer um supletivo e, enfim, conquistar o diploma do ensino fundamental. Foi quando decidiu, por influência de um professor, se dedicar a literatura, mas ela novamente teve que abandonar os estudos para se dedicar ao trabalho e aos filhos.
"Com 12 anos comecei a escrever meu primeiro livro e, com 14, fiz um poema para o meu primeiro namorado. Sempre usei cadernos para colocar minhas histórias no papel, mas acabei perdendo muita coisa mudando de casa. Tive que parar de escrever para trabalhar. Quando estava no supletivo, uma professora me incentivou muito para me dedicar a esse sonho de ser escritora", conta a poetisa.

Histórias nas ruas
Apesar do incentivo na escola, as dificuldades financeiras têm atrapalhado Zélia na elaboração de mais obras. Com vários rascunhos em casa, a aposentada tem que trabalhar todos os dias como flanelinha para poder complementar a renda e pagar o aluguel da casa onde mora. "Não tenho como ganhar dinheiro de outra forma. Não acredito que olhar carro na rua seja um trabalho ilícito. Não tenho casa própria, ganho um salário mínimo e pago um aluguel alto para morar em uma casa que considero ruim. Mas a rua te permite conhecer histórias, viajar na imaginação e se inspirar a escrever outras coisas."

Aos 71 anos, Zélia mora sozinha em uma casa alugada na Zona Norte de Sorocaba. Mãe de três filhos, avó de três netos e com uma bisneta, a flanelinha conta que a grande influência e motivação para escrever são as crianças. "Espero que esse livro ajude as crianças, penso e aprendo muito com elas. Tudo que faço é dedicado as crianças. Não precisa ser um best-seller, mas tem que ser divulgado. Gostaria muito que as bibliotecas das escolas pudessem ter esse livro para as crianças. A leitura é o caminho para a educação e a valorização da natureza, que temos perdido a cada dia."

As mais de 800 páginas escritas em oito cadernos relatam a história de uma criança que se perde na cidade de "Dedolândia". Levado para lá por uma borboleta, patriota e que se sente injustiçada pela falta de respeito do homem com a natureza, vive aventuras no reino encantado. "O personagem principal, que se chama Enzo, é o meu neto. Pensei nele e nos seus olhos encantados para imaginar essa história. Ele fala de coisas que o ser humano perdeu com o tempo. É a ficção e a realidade próximas uma das outras", diz Zélia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Mais Livros Novos na Praça


E aí, tudo bem?
Não vou nem prometer mais trazer novidades pro blog, pois, este ano, a correria com doença em família está enorme. Mas, como tudo, uma hora passa, não é? Sei que você me entende.

Hoje, vim para apresentar meus dois mais novos livros, ainda quentinhos do forno, e publicados pela EDITORA DO BRASIL, na COLEÇÃO TODA PROSA.






BRASÍLIA, UMA VIAGEM NO TEMPO - Um casal de alunos de um colégio de Brasília, do século 21, está em uma lanchonete entrevistando uma escritora. Repentinamente, vão ficando tontos, adormecem e acordam na época da construção de Brasília. O que teria acontecido? Como teriam ido parar lá? Em meio a esse mistério descortina-se a história da construção da nova capital do Brasil, seus candangos e suas lendas.

JOGO DURO - Ivanildo é filho do zelador de um prédio de classe alta. Como é difícil viver no pequeno apartamento do andar térreo, observar o movimento da piscina, nos dias de calor,  sem poder entrar nela. Conviver com gente que estuda nos melhores colégios e frequentar a escola estadual. E, o pior de tudo, amar a menina mais linda do edifício; a filha de um médico famoso. Mas Ivanildo luta, busca e descobre em si próprio o caminho da felicidade.

Espero que você leia e goste. 
Um beijão e até mais!